O consumo de açúcar industrializado é rotineiro em nossas vidas. Apesar do entendimento sobre possíveis malefícios à saúde humana, na maioria das vezes continuamos a utilizá-lo em refeições.

Uma opção para a substituição desse complemento é o açúcar presente nas frutas, denominado frutose. A nutricionista, mestra em bioquímica e doutora em nutrição, Betina Fernanda Dambrós, explica que ambas as tipagens citadas enquadram-se nos carboidratos simples; entretanto, aquela presente nas frutas não apresenta riscos à saúde e propicia diversos benefícios, pois está associada a um alimento rico em fibras e vitaminas. Já o açúcar industrializado é denominado sacarose e conceitua-se como um composto entre glicose e frutose em quantidades elevadas, não dispondo de valores nutricionais.

A profissional também alerta sobre os riscos ofertados à saúde em razão do consumo de açúcar estar ligado a um grande volume. Além disto, ela explica que o excesso calórico proveniente é contribuinte para o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade, juntamente com o consumo de alimentos ultraprocessados e sedentarismo.

Betina não recomenda o consumo de açúcar, pois não gera qualquer benefício à saúde, mas pontua o entendimento de que este complemento está presente nos hábitos alimentares de diversas pessoas. Neste raciocínio, estima-se uma quantificação “segura” para a ingestão, ausentando riscos à saúde, na qual não ultrapasse 10% do valor relacionado a todas as calorias consumidas em um dia, bem como sua correlação à alimentação saudável, com maioridade para itens in natura ou minimamente processados.

Aos que enfrentam problemas de saúde com o consumo de açúcar, a profissional recomenda a substituição pelo adoçante, desde que a troca ocorra com o consentimento e orientação de um nutricionista. Quanto aos possíveis questionamentos acerca da ausência do açúcar e da diminuição do paladar doce, ela destaca a necessidade de adaptar-se ao sabor natural dos alimentos.

Por fim, Betina ressalta a necessidade da visualização dos rótulos dos alimentos ultraprocessados, sobretudo a lista de ingredientes, a fim de mensurar e conscientizar-se sobre o conteúdo alimentar ingerido. A nutricionista esclarece que não existem tipagens de açúcares mais saudáveis. Existem opções que sofrem menor processamento industrial e preservam algumas vitaminas e minerais, mas a obtenção destas precisa estar associada a alimentos adequados, não sendo o caso dos açúcares.

Ouça a entrevista concedida pela profissional à reportagem da Capinzal FM: