"De Mãos Dadas pela Liberdade" reúne mais de 70 pessoas no centro de Capinzal em apoio à Luta Antimanicomial
- Jardel Martinazzo
- 20/05/2025 17:55

Foto: Capinzal FM
O Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no último domingo, 18 de maio, reforça a resistência contra o preconceito e a exclusão enfrentados por pessoas com sofrimento psíquico. A data simboliza a defesa de um tratamento mais humano e digno, com base no cuidado em liberdade, rompendo com a lógica dos antigos manicômios.
Como parte dessa mobilização, a Secretaria de Assistência Social de Capinzal, por meio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), promoveu na tarde de segunda-feira, dia 19, o “1º Encontro: De Mãos Dadas pela Liberdade”, realizado no calçadão da Rua Carmelo Zocolli. O evento reuniu mais de 70 participantes, incluindo servidores públicos, lideranças locais, representantes de entidades e pacientes.
Em entrevista à Capinzal FM, a coordenadora do CAPS, Mariana Viganó, destacou a importância da iniciativa, que teve como objetivo conscientizar a população sobre o direito de todos à convivência social e à quebra do preconceito ainda presente em relação às pessoas com transtornos mentais ou dependência química.
Mariana informou que o CAPS de Capinzal atende, mensalmente, cerca de 200 pacientes. Os atendimentos são realizados por meio de consultas médicas, clínicas e psiquiátricas, em grupos ou de forma individual, além de oficinas de artesanato, reuniões familiares e visitas domiciliares — estas últimas direcionadas a pacientes que, por algum motivo, não conseguem se deslocar até a unidade.
“A cada paciente recuperado, seja em casos de dependência química ou de desestabilização psíquica, ver a pessoa bem nos motiva profundamente. Ver também a participação expressiva no evento reforça a sensação de que estamos no caminho certo”, enfatizou.
Mariana lamentou, no entanto, que o preconceito ainda seja um entrave. Segundo ela, muitas pessoas deixam de procurar ajuda por medo do julgamento social.
“Se você precisa de apoio, busque ajuda. Não espere chegar a um ponto extremo. O CAPS conta com psicóloga, assistente social, enfermeira, psicopedagoga, médico e o apoio da Secretaria de Saúde com outros profissionais especializados”, finalizou.