Todos os anos, inúmeras pessoas em todo o mundo decidem deixar a terra natal em busca de uma vida melhor em terras estrangeiras.

Em Capinzal, um número significativo dessas pessoas encontrou um lar. Atualmente, aproximadamente 3 mil imigrantes de diversas origens, conforme dados da Secretaria de Assistência Social.

Juliana Vancin, orientadora social, ressalta que esses números são baseados nos registros dos serviços prestados pelo município durante o processo de regularização documental.

Uma das principais dificuldades enfrentadas pelos imigrantes ao chegarem a um novo país é a barreira do idioma. No entanto, com determinação e persistência, é possível superar esse obstáculo e alcançar o sucesso, como demonstra a história de Fo Komla A. Kodza, que deixou sua terra natal no Togo, na África, há pouco mais de 9 anos em busca de novas oportunidades no Brasil.

Casado e naturalizado brasileiro, ele encontrou seu caminho e hoje desempenha o papel de supervisor de produção na BRF de Capinzal, uma das maiores empresas do setor alimentício do mundo. Sua jornada incluiu períodos residindo em Capinzal e, atualmente, ele reside em Zortéa.

Em entrevista a Capinzal FM, o africano explicou que há 9 anos e 6 meses chegou em nossa região com o objetivo de obter renda para o sustento de sua família. Seu primeiro município em solo brasileiro foi São Paulo e após a indicação de pessoas junto à busca por parte da companhia na busca por mão-de-obra, veio para Capinzal. Fo revela que iniciou trabalhos na função de operador de produção e a partir do surgimento de oportunidades e o seu aproveitando, atualmente exerce a função de supervisor de produção da sala de cortes.

O principal desafio ao imigrante na visão de Fo é o idioma.

Confira o relato do estrangeiro à reportagem da 102.3:

A orientadora social Juliana Vancin revela que a demanda de atendimentos, e consequentemente de novos imigrantes, tem aumentado, principalmente da Venezuela. Desde o começo do ano até hoje, foram feitos 1.900 atendimentos.

A profissional também explica que a Secretaria de Assistência Social oferta a regularização dos documentos dos imigrantes em contato com a Polícia Federal em Chapecó. Além da renovação do Protocolo de Refúgio, válido para o exercício da cidadania no município, com validade de três meses, a orientação para renovação deste descritivo também é exercida pelo órgão municipal.

Juliana explica que após a obtenção do refúgio julgado, estes agentes podem ser encaminhados para a geração da Autorização de Residência, que possui validade de 2 até 9 anos.

Ela ressalta a importância de se atentar em cada detalhe do processo para que no ato em conjunto a PF, as autorizações possam ser feitas e as documentações geradas.   

O município de Capinzal disponibiliza mensalmente um veículo de transporte para os imigrantes deslocarem até a sede da Polícia Federal em Chapecó, a fim de realizarem estes documentos, mas, também para buscarem aqueles que estão prontos. Neste mês, encaminhados 60 estrangeiros até a mencionada localidade.

A principal origem destes imigrantes são da Venezuela, mas já foram registrados atendimentos de outros países, como, Togo, Argentina, Bangladesh, Colômbia, Guiné, Cuba, Benim, Paraguai, França, entre outros.