Um idoso de 72 anos, morador de Capinzal, foi alvo de um golpe do falso sequestro na madrugada desta segunda-feira (10). Acreditando que seu filho e sua nora estavam em perigo, ele ficou quatro horas ao telefone com os criminosos, seguindo suas instruções sob ameaças. 

Em entrevista à Capinzal FM, o aposentado de iniciais A.C. disse que por volta das 4h30 recebeu uma ligação de um número desconhecido. Do outro lado da linha, um criminoso afirmava ter sequestrado seu filho e sua nora e exigia R$ 50 mil para libertá-los. Para tornar a farsa mais convincente, os golpistas simularam o choro das supostas vítimas, o que fez com que o idoso acreditasse na história. 

Sem ter o valor pedido, a vítima informou que possuía R$ 2 mil em dinheiro, mas que poderia entregar apenas R$ 1.300,00. Além da quantia, os criminosos também tentaram extorquir a caminhonete do aposentado. 

Os golpistas ordenaram que o idoso não desligasse o telefone e se dirigisse até a Lotérica de Capinzal para realizar o depósito. No entanto, ao chegar ao local, os criminosos mudaram de ideia e mandaram que ele seguisse para Lacerdópolis, onde deveria efetuar o depósito. 

Desesperado, a vítima chegou em Lacerdópolis antes das 5h e, na tentativa de alertar a polícia, escreveu um bilhete e o jogou pela janela da caminhonete para um pedestre. No recado, ele pedia que a pessoa avisasse a polícia, pois seu filho e sua nora teriam sido sequestrados. 

Com medo de ter sua caminhonete levada pelos criminosos, o idoso teve a ideia de descarregar a bateria do veículo. Quando avistou uma viatura policial, decidiu contar o que estava acontecendo. 

Mesmo após conversar com os militares, ele ainda estava nervoso, pois os golpistas demonstravam conhecer detalhes de sua rotina, o que aumentava a sensação de que estava sendo vigiado. Somente com a intervenção da polícia ele conseguiu entrar em contato com seu filho e confirmou que tudo não passava de um golpe. 

Após o ocorrido, o aposentado fez um alerta para que outras pessoas mantenham a calma e verifiquem a veracidade das informações antes de tomar qualquer atitude. 

“Eles apavoram a pessoa, deixam a gente quase louco. É preciso ter muito cuidado e tentar se certificar antes de fazer qualquer coisa”, afirmou.