A Justiça de Concórdia decretou a falência do Grupo Bokitu’s, que estava em processo de recuperação judicial desde março de 2023.

A decisão foi proferida pela juíza Aline Mendes de Godoy, que concluiu pela inviabilidade da continuidade das atividades da empresa após constatar um cenário de grave deterioração operacional.

O pedido de recuperação judicial havia sido deferido em 29 de março de 2023, conforme determina o artigo 52 da Lei nº 11.101/2005. Desde então, o processo passou por diversas manifestações das partes, decisões e relatórios da administradora judicial responsável pela condução do caso.

No entanto, uma vistoria técnica realizada a pedido da Justiça revelou um quadro considerado alarmante. Segundo o laudo, a empresa apresentava descontinuidade generalizada das atividades, esvaziamento estrutural e deterioração dos ativos, com ausência de funcionários, equipamentos paralisados, instalações parcialmente abandonadas e estoques reduzidos ou inexistentes.

A juíza destacou que essas informações vieram à tona apenas após uma diligência in loco determinada judicialmente, devido à omissão de dados por parte das empresas envolvidas.

Diante do laudo e das evidências apresentadas, a magistrada converteu a recuperação judicial em falência, decretando a quebra do Grupo Bokitu’s, formado por diversas sociedades empresárias.

Com a decisão, a Justiça determinou as providências legais cabíveis para o processo falimentar, que inclui a arrecadação de bens, verificação de créditos e demais etapas previstas na Lei de Falências e Recuperação Judicial.