Na noite de terça-feira (28), por volta das 19 horas, a Polícia Militar de Capinzal registrou uma ocorrência que gerou grande repercussão na comunidade local. Um homem de 58 anos relatou ter sido vítima de um suposto sequestro relâmpago, um caso que, segundo a Polícia, apresenta diversas lacunas a serem esclarecidas.

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia na quarta-feira (29), o Major PM Tagliari, que está respondendo pela 2ª Companhia da Polícia Militar de Capinzal durante as férias do Major Vilmar Rosa, forneceu novos detalhes sobre o caso e informou que a investigação será conduzida pela Polícia Civil, com o objetivo de elucidar os fatos.

De acordo com o Major, o homem, que não é natural de Capinzal e trabalha em uma empresa local, contou que estava dando carona a uma mulher que afirmou conhecê-la. Durante o trajeto, dois homens, aparentemente conhecidos da mulher, entraram no veículo e, sob ameaça de morte e extorsão, obrigaram a vítima a continuar dirigindo. A vítima mencionou que um dos criminosos estaria portando uma arma de fogo, embora a informação ainda precise ser confirmada pela investigação.

“O fato é atípico para a nossa região e, por isso, está gerando bastante atenção. A ocorrência se configura como um possível sequestro relâmpago, mas também envolve características de extorsão”, afirmou o Major.

Conforme o relato registrado no boletim de ocorrência da Polícia Militar, os dois homens encapuzados ordenaram que a vítima dirigisse até uma estrada de chão no Contorno Viário. Lá, os criminosos exigiram que a vítima realizasse uma transferência bancária e ameaçaram levá-lo até Joaçaba, onde afirmaram que o matariam caso não obedecesse.

Em seguida, um dos sequestradores assumiu a direção do veículo e levou a vítima até um caixa eletrônico, onde a obrigaram a sacar R$ 240,00. Após o saque, disseram que seguiriam para Joaçaba para executá-lo. Durante o trajeto, no momento em que seguiam pela Rua Dona Maria Angélica Almeida, o criminoso que dirigia o veículo Celta perdeu o controle e colidiu contra um GM Corsa no cruzamento com a Rua Dona Linda Santos.

Após o acidente, os sequestradores teriam fugido a pé em direções opostas, ameaçando a vítima de perseguição caso ela acionasse a polícia. O Major Tagliari destacou que o local do acidente oferece potencial para a coleta de provas, como filmagens de câmeras de segurança ou testemunhos de moradores, que podem contribuir para o esclarecimento do caso.

"A área em que o fato ocorreu tem elementos que podem ser importantes para o andamento da investigação. O que sabemos até agora é que o incidente aconteceu em uma região com potencial para a coleta de provas", explicou o Major.

Apesar das buscas realizadas pela Polícia Militar, a mulher e os dois homens supostamente envolvidos no incidente não foram encontrados. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que agora se encarrega de apurar todos os detalhes e verificar as circunstâncias que envolvem a ocorrência.

Segundo o Major Tagliari, o boletim de ocorrência foi formalmente repassado à polícia judiciária, que dará continuidade à apuração.