O Senado Federal aprovou por unanimidade, na quarta-feira, 5 de novembro, o projeto de lei 1087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês e eleva a tributação sobre as rendas mais altas. Caso seja sancionado ainda neste ano, o novo modelo passará a vigorar em janeiro de 2026.

O texto também prevê redução gradual do imposto para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais, mantendo a tabela progressiva para valores superiores. Para equilibrar a arrecadação, a proposta cria uma alíquota adicional progressiva de até 10% para contribuintes com ganhos acima de R$ 600 mil por ano, o equivalente a R$ 50 mil mensais.

De acordo com estimativas do governo, a mudança deve beneficiar cerca de 25 milhões de brasileiros, enquanto aproximadamente 200 mil pessoas com maior renda passarão a contribuir mais. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou que a medida representa “um avanço na justiça tributária e no poder de compra da população”.

O texto ainda inclui a tributação de lucros e dividendos enviados ao exterior, com alíquota de 10%. Encaminhado pelo governo ao Congresso em março deste ano, o projeto havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro. No Senado, a relatoria ficou a cargo de Renan Calheiros (MDB-AL), que acolheu emendas apresentadas pelos senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Rogério Carvalho (PT-SE).